quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Razão vs Emoção.

Tema batido esse, muito comentado, pensado, passado até, mas mesmo assim um tema interessante. Quem nunca pensou sobre isso? E quem nunca acabou pendendo pro lado da emoção? É, os passionais são a maioria, aliás, todos nós em algum momento somos passionais, mas há também os quase totalmente céticos. Como seria um quase totalmente cético?

Bem, acho que céticos em definitivo com emoções é impossível de ser, por mais que se queira. Como seres humanos, nossa maior fraqueza sempre se encontra no emocional, que é o que sempre acaba por abalar nossas estruturas de forma sensitiva, e nos tira do rumo por algum tempo. Então, o quase totalmente cético oscilaria nessa tentativa de tentar usar sempre a razão, e se frustra quando não consegue, e após firma novamente o objetivo de ser mais racional.


O quase cético não precisa ser racional em todos os pontos emocionais de sua vida, ele pode acreditar em alguns sentimentos, como o amor pela família, amigos, cachorro, trabalho, sexo oposto (ou o mesmo, pq não?), mas pode ser contra se deixar levar por sentimentos que o deixariam mal, como orgulho, raiva, mágoa, amor não correspondido, etc... ele mediria os riscos, algo assim. Avaliaria, como investir na bolsa de valores, e saberia se vale a pena ou não, mas como sempre, há os erros de investimento né, as malditas mancadas que acaba em um estrago.


Bom, acho que eu pertenço aos quase céticos, esse grupinho ai. Sabe, eu acredito e muito no amor, demais até, passando às vezes até por ingênua se começar a discorrer sobre esse assunto. Acho que o amor é o sentimento mais nobre do mundo, mais perfeito, o que trás mais felicidade. Acho que uma das maiores alegrias da vida deve ser estar com alguém que você realmente ama pra sempre, o velho até que a morte os separe, mas às vezes isso não é possível. As pessoas confundem muito o que é amor, poucas talvez entendam a grandeza real desse sentimento, algumas nem acreditam nele, ou tentam dizer que não acreditam, porque pensam que só existe esse tipo de amor, o que é um erro e as faz sofrerem mais ainda.


Eu acredito no amor, e acho que ele seria algo maior. Todo mundo já experimentou algum amor na vida, apenas não prestaram atenção nele. A família na maior parte das vezes representa o maior amor, os amigos, quando temos verdadeiros amigos, nós sabemos o que é amar, animais, tem até mesmo pessoas que amam lugares ou objetos, dependendo de cada um, mas todos conhecem o amor. Por esses amores às vezes podemos ficar passionais, podemos perder a direção às vezes, até mesmo por causa do amor próprio cometemos erros. Sim, é muito difícil sempre avaliar as coisas friamente, mas “a tentada é livre”.


Sim, eu tento, se tratando dessas coisas, mas há uma espécie de amor a qual sou quase totalmente cética: amor por uma pessoa pra ficar ao meu lado. Na boa, não acredito em alma gêmea. Observando casais, relacionamentos, tendo relacionamentos, acabei desenvolvendo uma grande desconfiança, que acabou por fim a desmotivar qualquer sonho de príncipe encantado. Na verdade não digo ainda que um amor é impossível, mas é impossível de aceitar a forma como algumas pessoas entregam os pontos por causa de “um amor impossível” ou “um amor que nos deixou ou se foi”, para, piada. Quer dizer, de uma hora pra outra, toda uma vida perde o sentido porque alguém te deu um pé na bunda?


Pessoas levam um chute todos os dias, mas isso não quer dizer que o mundo todo chutou elas. Sempre há outras saídas, outras coisas a que se atar quando um amor não dá certo. Família, ainda mais se a pessoa tem filhos, amigos que tão sempre ali, às vezes os amigos são escorraçados do convívio com o individuo por este mesmo. Mas sem contar todos esses pontos, outra transformação também ocorre a eles: deixam de ser eles mesmos.


Ai eu pergunto: Você quer uma nova chance? Bem, se apaixonaram por você ai chorando, se entregando, deprimido, ou se apaixonaram por alguém que tinha algo a mais que chamava a atenção? As pessoas nem pensam nisso, que seria algo fundamental se a idéia fosse reconquistar, se bem que eu não acho que reconquistas sejam algo fácil de ocorrer, é necessário muito boa vontade pra insistir em algo que já não deu certo e que no seu íntimo você já sentiu que acabou, às vezes insistir só piora a relação, estragando o bom convívio que poderia haver, depois de superado os traumas do final, gerando mágoa.


Acho que por mais céticos que a gente tente ser, sempre há uma parte mais frágil em nós mesmos, mas sempre temos a chance de escolher como enfrentar as situações, passional ou racionalmente, e tentar fazer o melhor sempre, afinal, como diria Drummond: “A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.”.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ter ou não ter namorado? Eis a questão

Há um tempo atrás li no blog de uma amiga um texto que falava sobre namoro, e como essa relação está complicada hoje em dia, em como está cada vez mais "estranha", ridicularizada talvez.
Hoje em dia é comum você ver crianças namorando, em "namoros" que não passam de dois meses. Depois já estão em outro "namoro", e assim segue.
Tudo bem se isso se interrompesse conforme as pessoas crescessem, mas não, na verdade isso só acontece porque há exemplo entre pessoas mais velhas, pessoas que deveriam ter a maturidade de saber diferir namoro de uma "pegação", coisas assim, pessoas que deveriam saber que na
morar é uma coisa séria e difícil, e que amor é mais ainda!
Mexendo em alguns livros perdidos no meu armário, encontrei um livro de português da 8ª série, e lendo ele encontrei um texto que desde aquela época eu adorava, mas tinha esquecido.
O texto se chama "Ter ou não ter namorado? Eis a questão" e o autor é Carlos Drummond de Andrade.
Abaixo o texto. ;)


"Quem não tem namorado é alguém que tirou férias de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro.
Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrimas, nuvens, quindim, brisa ou filosofia.
Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.
Mas namorado, mesmo, é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreenção ou mesmo de aflição.
Quem não tem um namorado não é quem não tem um amor:é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim não tem nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria e drible do trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa, e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos com a infelicidade.
Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas: de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; da ânsia enorme de viajar para Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor,nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não descobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'água, show de Milton Nascimento, bosques, ruas de sonho, ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu amado ser paquerado. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio um dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se não tem namorado é porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de gritos e medos, ponha a sua saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas ternuras e escove a alma com leves fricções de esperanças.
De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe de baixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.
ENLOU-CRESÇA" ;}

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Paciência...

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
(a vida não pára não)

Paciência - Lenini/ Dudú Falcão

Bem, estava hoje fazendo algo que não costumo fazer. Vendo TV.
Bem, as únicas coisas que vejo na televisão são filmes e talvez um ou outro seriado, mas descobri os melhores programas da programação brasileira, "Toma Lá da Cá" e "CQC". Hoje estava assistindo ao Toma Lá da Cá, e após terminar o programa segui com a TV ligada na globo, e começou um programa de reportagem que não lembro o nome, mas que estava passando uma matéria bem interessante, o desmatamento e as queimadas na amazônia.
Na verdade ao mesmo tempo que é interessante é irritante, levando em consideração o sentimento de raiva e impotência que toma conta do meu ser cada vez que vejo uma reportagem dessas.
Tá, o desmatamento não é novidade pra ninguém, mas é incrível como é melhor esquecer isso do que realmente se preocupar, mas também me vem a questão, o que posso fazer?
Descobri que o governo patrulha a área 40 vezes ao dia, e que o ideal seria 80, pois continuam desmatando as áreas protegidas, isso é inadmissível.
Dizem que seria necessário muito tempo para acabar totalmente com isso, porque as pessoas precisariam de emprego, de desenvolvimento sustentável, mas eu acho que é ainda pior. Pensando bem, se tu consegue ganhar um x com a madeira ilegal, e o cara te oferece um lugar pra ti cortar a madeira, mas tu ganharia menos por ser um trabalho legal, continuarias ou não desmatando?
A maioria continuaria...
E também há as queimadas pra criar o maldito gado, ai eu pergunto, porque desrespeitar as regras se tu ta no maior patrimonio florestal do mundo, e que pertence a nós? Os "animais" seguem destruindo, sem se dar conta que aquilo vai fazer falta um dia, e ainda indignados, agridem os ativistas que pedem conciência e dizem que a terra pertence a eles... deplorável.
Teria uma grande idéia ao governo, porque não nos permitem invadir aquilo lá e expulsar os invasores da mata? Digo os invasores de verdade mesmo, patrões do pobre coitado que ta só recebendo ordens. Ou levamos presos ou damos tiro, perfeito!!!! *-*
Ai, quando acaba o programa entra uma propaganda, muito bem feita na verdade, falando de como a Vale (hehe) ajuda a natureza, bem, mais que a Aracruz talvez. Na propaganda tocava a música postada acima, achei realmente muito bonita a mensagem.
Logo depois de ver belas imagens da natureza na propaganda da Vale, começa o jornal da globo e E B A, começam a falar sobre o derretimento das geleiras e a morte dos animaiszinhos que necessitam do gelo para caçar e comer.
Desisti, é o apocalipse.
Certo, acho que terei que parar aqui, por enquanto irei continuar resmungando sobre a minha impotência e minha raiva desses seres "racionais" e seguir comendo mingau na frente do PC, afinal, "a loucura finge que isso tudo é NORMAL. E eu finjo ter paciência...". ;)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

. . .

Estava eu hoje, após mais um dia de chuva nesta cidade extremamente úmida, com um livro que há muito tempo já conhecia, pelo menos pelo nome e pela capa.
Sabem aqueles livros da estante de nosso pai, que sempre passamos os olhos por ele mas nunca pegamos para ler?
Pois bem, esse é um desses livros. Tenho que dizer que sempre fui uma pessoa que adora literatura, adoro passar tardes mergulhada nas páginas de algum livro. Mas antigamente, quando via este livro em questão na prateleira, eu costumava ler coisas mais, como posso dizer, instigantes? Talvez por isso o título "O Lobo da Estepe" não tivesse me chamado tanta atenção, em uma época que estava acostumada a desvendar mistérios junto com monsier Poirot ou miss Marple nos livros de Agatha Christie. Hoje em dia já estou acostumada com outras leituras, até mesmo de legislação, que é um saco, já me atrevi a outros livros da estante de meu pai, como "Cem Anos de Solidão", que possuem um estilo que exige um pouco mais de compreensão e atenção talvez, e resolvi nesta tarde de chuva me aventurar lendo "O Lobo da Estepe", só para loucos :), de Hermann Hesse, e comecei a perceber o quanto me identifico com o livro.
Desse livro então tiro uma pequena passagem para escrever aqui, pequena passagem essa que me tocou muito.

(...) aqueles dias de morte da alma, perversos de vazio interior e desespero, nos quais em meio à terra destroçada e ressequida pelas sociedades anônimas, o mundo dos homens e a chamada cultura ri-se de nós a cada passo com seu enganoso e vulgar esplendor de feira e nos atormenta com uma persistência emética, e quando tudo está concentrado e levado ao clímax do insuportável dentro de nosso próprio ser enfermo (...)

Perfeita definição para esse meu dia de chuva...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

"Sexualidade" de Bandas


Vocês já notaram como algumas bandas possuem "sexo"?
Tá, maneira de dizer, mas vocês já devem ter percebido como há bandas que nós, mesmo sem querer, nomeamos de "banda masculina" e "banda feminina".

O que seriam esse conceitos?

Bem, há bandas que os dois sexos escutam, por assim dizer, como Scorpions, Queen, Dire Straits, Deep Purple, Pink Floyd, por ai vai, como na área do metal há Nightwish, Shaman, Angra, Sonata Arctica, e por ai vai tbm, essas são as bandas, porque não dizer, unissex. A maior parte das bandas são unissex, mas ainda assim há as bandas que nós consideramos femininas ou masculinas.

Exemplos? Manowar, Grave Digger, Molotov, Matanza são algumas bandas "pra machos", "pra mulheres" é mais difícil de separar, pelo menos no universo que eu analiso no momento, mas há aquelas que agradam mais ao público feminino que ao masculino, como The Calling, The Goo Goo Dolls, Matchbox 20, The beatles (risos)... e por ai vai também.

Mas qual a moral desse texto? Bom, como uma pessoa que odeia rótulos :), não poderia concordar com essas "classificações" né? E motivos tenho pra isso, o primeiro e mais forte é que eu mesma sou uma espécie que foge a regra, eu sou uma menininha meiga que adora todas essas bandas citadas como masculinas...

Acho que na área que estou analisando, no Rock/Metal as coisas ficam mais dividas, por assim dizer, porque é menor o número de pessoas que escutam hoje em dia, e mais reduzido ainda é o número de mulheres que escutam essas bandas. Na área do rock a coisa é mais, como eu disse acima, tida como unissex, mas no metal a coisa é mais dividida mesmo, e realmente músicas que fazem apologia a guerras épicas ou a morrer de beber em um bar não visam agradar as guriazinhas, mas há as guriazinhas que gostam, até porque, na verdade, também há garotas que bebem e garotas que curtem lutas épicas, não?

Seguindo o raciocínio, vocês já notaram que em músicas como hip hop não há isso? E nem existe o pensamento, o pré conceito de "sexualidade" nas músicas. As mulheres escutam como se fosse a coisa mais maravilhosa do mundo as letras machistas, se bem que até ai não implico, adoro Hard Rock, e muitas gurias gostam também, mas há guris que escutam Rihana, Fergie!! Sabem o que é isso? Já ouvi amigos meus escutando "Big Girsl Don't Cry" e "Umbrella". Como disse, não gosto dos rótulos, então vale dizer que isso é uma coisa que admiro nessas pessoas, e são quase nulas o que eu admiro nelas (risos), mas é legal ver um menino escutando sem preconceitos nenhum Colbie Caillat, e cantando ainda "it starts in my toes, and i crinkle my nose, wherever it goes i always know that you make me smile..." e segue da forma mais fofa do mundo, ou então "its time to be a big girl now, and big girls don't cry...", sem dúvidas, divino! *-*

Brincadeiras a parte, sou a favor de extirparmos o preconceito sobre as bandas, fazer como no hip hop em que todos escutam tudo... hahahaha, parar com isso, divulgar bandas boas pra essas pessoas perdidas no mundo musical. Nem pelo fato de ser sectária, mas acredito que o mundo musical de hoje ta perdido, até porque a mídia so da bola pra essas músicas de qualidade, no mínimo, duvidosa. Se houvesse uma popularização desse tipo de música, talvez as moças não passassem a adorar o Deus Metal, sei que seriam poucas as que se encantariam por ele, mas pelo menos a poluição sonora no mundo diminuiria radicalmente! ;)