quarta-feira, 3 de novembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
...
Acabo nunca sabendo que palavras usar, se devo enrolar, se devo ser misteriosa, instigativa ou simplesmente ser direta, não sei, mas o fato é que tudo necessita de um início.
Analisando mais profundamente as coisas em geral, a vida, percebo que o mais difícil em tudo é sempre dar o primeiro passo, e essa dificuldade muitas vezes acaba nos acovardando e nos fazendo desistir de algo que realmente achávamos importante, indispensável.
Gosto de ir direto ao ponto, ser sincera, mas ultimamente, ainda não entendo bem o porquê, tenho tido dificuldade em falar. Não a dificuldade de articular palavras, claro, mas sim a dificuldade de dizer coisas que necessitam ser ditas, mas que outras pessoas podem não gostar ou não entender. Penso que o maior problema nesse caso é o grau de aproximação que se tem com quem se precisa falar, ou o tipo de relação, o que pode amedrontar ou fazer com que nós desistamos.
É claro que não queremos correr riscos, quando fazemos uma critica ou uma reclamação, é porque realmente temos motivos para isso, ou pensamos que temos, e isso não deveria ser motivo de medo ou censura a nossas palavras, mas nem sempre conseguimos nos fazer entender. Ninguém é perfeito, ninguém é ausente de falhas, mas todos nós precisamos tentar compreender e ser compreendido.
Floreios a parte, faz muito tempo que quero fazer um texto sobre confiança, e como é difícil adquiri-la e cultivá-la. Li uma frase de Drummond uma vez que dizia: “A confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio.”, gosto muito de Drummond, mas tive que discordar dessa frase. Pergunto: Existe confiança sem raciocínio? Talvez sem raciocínio lógico sim, mas nunca sem nenhum tipo de raciocínio, mesmo que este seja paranóico. Em uma analise um tanto mais profunda, diria que até pode ser uma fé, mas que essa necessita de provas para começar a existir, precisa de algo em que se apoiar, precisa acreditar que pode acreditar, precisa antes de tudo de algum raciocínio.
Pois então, depois de adquirida nossa fé na pessoa, o que não é fácil, depois de acreditar quando tudo mais pode dizer o contrário, eis que o contrário realmente acontece, e uma pequena coisa, uma coisinha ínfima acaba por extinguir toda a crendice que conseguimos desenvolver... e é quase impossível voltar a crer.
Há uma frase de Nietzsche que gostaria de citar, apesar de achar Nietzsche uma das pessoas mais descrentes que já viveu, descrente principalmente das mulheres! A frase: “ Fiquei magoado não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.” Uma frase verdadeira, todos nós depois de magoados uma vez custamos a esquecer, ou não esquecemos nunca, e sempre que permitido acabamos voltando a antigas mágoas, o que apenas desgasta mais qualquer relação.
Dizemos que perdoamos, mas na realidade aquilo ainda vive em nós, nos mina, e pouco a pouco consome qualquer resquício do que se acreditava antes, mas não temos coragem de falar como nos sentimos, pois não sabemos como a pessoa irá reagir perante isso, perante inseguranças. Isso é um erro, e quanto mais insistirmos nisso, apenas conseguiremos acabar com o que sentíamos de bom pela pessoa, e ai não há mais volta. Arrisque, fale sempre, o diálogo é a melhor solução. O máximo que irá ocorrer é antecipar um acontecimento que não se tem como evitar. Quem não entende, não compreende, também não confia, e também não merece confiança.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Blame it all on me!
I got your message on the phone
It says -I'm feeling all alone
And I'm the one to blame, well
At least that's according to what you say
But I think you're wrong
We we're never meant to belong
When you've got nothing to hold on
You blame it all on me
You need something to hold on, besides me
It felt like turning into stone
Made sure my feelings didn't show
How could I be accused when deep inside you
Always knew
That you could be wrong
That I'd be long gone
When you've got nothing to hold on
You blame it all on me
You need something to hold on, besides me
You blame it
You blame it all on me
.Tiago Iorc
musiquinha legal! =)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Puxar o arco mas não soltar a flecha...
Bem, várias vezes tomamos atitudes de "cabeça quente", naquele momento sem pensar, ou também por orgulho, e ai é comum cometermos enganos, mas e quando pensamos e temos a plena certeza de que estamos agindo da melhor maneira possível?
Todos cometemos erros, e todos temos defeito, aliás, mais de um, vários... e é difícil identificar e reconhece-los todos, mas acredito que temos a oportunidade de tentar e sempre ter o objetivo de melhorar.
Pois bem, depois de muitos erros, ganhamos o prêmio de saber reconhecer pelo menos alguns de nossos defeitos, e temos então nossa possibilidade de superá-los, e incrivelmente, erramos de novo.
Ouvir as mesmas criticas a si mesmo depois de sucessivas tentativas de melhora pode ser frustante, mas há uma frase de Drummond que diz: "Na unanimidade há uma parcela de entusiasmo, outra de conveniência e uma última de desinformação.", ta ai, acho que também há a falta de reconhecimento por parte das outras pessoas de nossas tentativas... por isso não devemos ser cruéis com nós mesmos.
Haverá vezes que precisaremos apenas "puxar o arco mas não sotar a flecha", pois, seguindo nos proverbios chineses, sempre precisamos examinar tudo "com o cuidado de quem desembaraça fios de seda", e lembrar que "a maré deve atingir seu nível mais baixo antes de mudar", saber reconhecer defeitos é sempre chegar a maior baixa da maré, e ter o cuidado de saber o que mudar em nosso comportamento é essencial, e mesmo assim ainda estaremos sujeitos a enganos.
Em suma, mudar é essencial, pra melhor sempre é o objetivo, e mesmo assim haverão falhas de nossa parte, mas quando a intenção é verdadeira, tem que ser reconhecida, portanto, a incompreensão também é uma falha.
Que todos aprendamos a reconhecer e modificar nossos erros, e que saibamos perdoar e entender os erros de outrem, pois a compreensão que precisamos todos também precisam, e é sempre mais fácil achar os erros dos outros.
A Avalon, morada das fadas, só se chega por acaso, pois é impossível encontrar o caminho sem se perder. Um dia encontrarei Avalon!
terça-feira, 30 de março de 2010
Sem titulo. :)
Drummond.
Pois é, ta ai mais uma verdade do Drummond, quando se escreve apenas por escrever, sem inspiração, so sai porcaria... eu to numa fase de porcarias... ueahueaheuah
Mas resolvi tentar, nem que seja so pra não abandonar o blog novamente, então a gente se esforça e faz algo mediocre, mas com boa intenção.
Agora que estou novamente bem de saúde, e com um pc bem de saúde... ;), voltei a perder tempo na internet, digo perder tempo porque no último ano so a utilizei pra pesquisas obrigatórias da faculdade. Assim sendo, estava por aqui vendo frases de efeito em sites de frases e poemas, eu gosto dessas coisas, e li uma, do Nietzsche, gosto dele, apesar dele menosprezar a mulher, e vi que concordo com a frase, muito boa, que é a seguinte: "É difícil viver com as pessoas porque calar é muito difícil.". Ta ai, uma verdade.
Ultimamente ando sofrendo de um fenômeno meio ruim, falta de paciência, e isso está matando ainda mais minha capacidade de me relacionar. É incrível, mas já notaram como as pessoas so vem os defeitos dos outros? Como não sabem se portar em grupos? Como não sabem respeitar e cumprir com a propria palavra?
É... eu não sou perfeita, ninguém é, mas a gente pode tentar fazer o melhor, por nós e pelos outros que nos rodeiam, e percebo que as vezes quem está mais perto de nós é quem tem menos consideração com a gente. Isso é difícil de entender.
Parece que porque somos pessoas próximas, não é necessário fingir que se é educado, que se tem noção, porque essa pessoa estará ali mesmo. Sei lá, eu acho que quanto mais próxima a pessoa é nossa, mais merece nossa consideração, mas acho que estou errada nisso...
Já chegaram a se sentir idiotas por fazer coisas por pessoas que vocês consideravam um monte, fazer so pela questão de que era bom pra você ver aquela pessoa feliz, e depois notar que pra pessoa não fazia a menor diferença? Parece que pra ela não importa? É, não acredito que a gente deva fazer coisas esperando reconhecimento nem gratidão, mas tbm não sentir que a pessoa se importa é ruim, dói, e vai minando toda a nossa vontade de seguir fazendo.
Ando assim ultimamete, meio de cara com a vida, e ao mesmo tempo de bem com a vida, a gente sempre acaba esperando dos outros mais do que se pode dar, mas como eu disse, tbm não somos perfeitos, vai saber como os outros veem nossas atitudes. Espero realmente poder voltar a conviver com todos que me rodeiam da melhor forma possível, e recuperar o bom humor, pois como já disse, não estou mais doente como antes, e isso já ajuda mto, ajuda até a superar a falta de consideração de certas pessoas. O que importa mesmo é se sentir bem consigo mesmo, e isso pelo menos eu consegui. :D
segunda-feira, 29 de março de 2010
Novo ano!
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Do Drummond, claro...